Jorge Kajuru, vice-presidente da Comissão de Esporte do Senado e agora presidente da recém-anunciada CPI da Manipulação no Futebol, revelou planos para dar início aos trabalhos da comissão ainda neste mês. A parceria entre Kajuru e Romário, que assumirá a relatoria, promete intensificar as investigações sobre as alegações de manipulação nos resultados dos jogos.
Durante um bate-papo na “Rádio Senado”, Kajuru compartilhou que John Textor, o acionista majoritário da SAF do Botafogo, está entre os primeiros a serem convocados para testemunhar. Segundo Kajuru, Textor possui gravações comprometedoras e mostrou-se disposto a compartilhá-las com a CPI antes de se dirigir ao Ministério Público.
“Ele mencionou ter um áudio de um árbitro solicitando uma propina prometida. Embora relutante em revelar o áudio publicamente, Textor enfrenta uma possível suspensão e restrições significativas em suas atividades no Brasil. No entanto, parece determinado a revelar suas provas à comissão primeiro,” afirmou Kajuru, evidenciando a gravidade das acusações.
A revelação de 13 partidas da Série D e uma da Série B sob suspeita de manipulação acendeu alertas sobre a integridade dos jogos. Senadores como Carlos Portinho, Eduardo Girão, Leila Barros e Espiridião Amin já manifestaram interesse em juntar-se à CPI, demonstrando a amplitude do apoio à iniciativa.
Kajuru também destacou a importância de diferenciar a investigação das casas de apostas legítimas daquelas partidas com resultados questionáveis. Exemplos de jogos com resultados surpreendentes no Brasil e na Inglaterra ilustram a necessidade urgente dessa CPI.
Com mais de 100 jogos de 2023 sob suspeita, a CPI da Manipulação no Futebol promete lançar luz sobre as sombras que pairam sobre o esporte, buscando restaurar a confiança e a integridade nos campos de futebol.