A seleção de brasileira de futebol masculino é a melhor do mundo e brilhou ao conquistar o ouro nas Olimpíadas de Tóquio.
Para os torcedores, ver o time subir ao pódio e receber a medalha de ouro é o máximo e, certamente, não se importariam com a roupa que a equipe estivesse vestindo, desde que ostentassem o metal mais brilhante no peito.
No entanto, sabemos que não são é somente a torcida que sustenta o futebol. E aí está baseado o problema com o qual o Seleção precisa lidar agora: os jogadores receberam a premiação com casacos amarrados na cintura.
Mas não se tratava apenas de um acessório e sim de uma peça da marca patrocinadora do Comitê Olímpico Brasileiro, a Peak, que deveria estar em evidência no pódio ao contrário da camisa que exibe o patrocínio da Nike à Confederação Brasileira de Futebol.
Segundo o acordo, os atletas deveriam vestir as peças dos patrocinadores durante as viagens, cerimônias oficiais e pódio. Porém, no momento de receber o prêmio, a Seleção Brasileira estava utilizando a camisa do jogo com a marca que patrocina à CBF e não o agasalho da Peak Sport, que estava amarradona cintura, descumprindo as regras.
Quais as consequências desse descumprimento?
Galvão Bueno e o jornalista Marcos Uchôa criticaram a atitude dos jogadores. O comentarista disse que vai seguir buscando o responsável pelo fato deles subirem ao pódio com os casacos amarrados na cintura ao invés de vestí-los.
Já Uchôa chama a atenção para a possibilidade do gesto causar impacto em outros atletas: “Isso influi num contrato que ajudam atletas que precisam e veem a olimpíada como grande palco da vida deles… Tem sempre problema entre a Fifa, do futebol, e o Comitê Olímpico Internacional…Enfim, mas não podiam ter feito isso porque afetam a vida e futuro de todos os outros atletas que precisam desse patrocínio que o COB faz”, disse.
O Comitê Olímpico do Brasil se manifestou dizendo “repudiar a atitude da Confederação Brasileira de Futebol e dos jogadores da Seleção durante a cerimônia de premiação do torneio masculino” e promete buscar medidas “para preservar os direitos do Movimento Olímpico, dos demais atletas e dos patrocinadores”.
A Peak utilizou suas redes sociais para parabenizar o Brasil pela conquista mas cobra a responsabilidade da atitude do time sobre o descumprimento do acordo.