O cantor e compositor Eric Clapton, 76 anos, está envolvido em uma polêmica por suas opiniões contrárias às medidas para conter a pandemia do novo coronavírus. Ele diz que não fará shows no qual a plateia seja discriminada.
A declaração acontece depois que o Primeiro Ministro do Reino Unido, Boris Johnson determinar que a partir do mês de setembro, as casas de show e locais que realizam eventos para grandes públicos exijam comprovante de vacinação das pessoas.
Para mostrar o seu desagrado com atitudes tomadas contra a Covid-19,o cantor compôs uma música anti-lockdown com Van Morrisson encorajando as pessoas a não obedecerem à medida.
Em meio deste ano, Clapton tomou a vacina AstraZeneca e teve reações que o deixaram com as mãos e pés dormentes por dez dias. Assim, o guitarrista teve medo de não conseguir voltar a tocar. Já recuperado dos sintomas, recebeu a segunda dose.
A partir daí, o cantor passou a se posicionar também contra a vacinação e se diz preocupado que o imunizante cause infertilidade. No entanto, especialistas, a exemplo da professora de obstetrícia da Universidade King’s College, em Londres, e porta-voz do Royal College de Obstetras e Ginecologistas britânicos, Lucy Chappell afirmam que o risco não existe.
Sem apoio dos colegas
Desde o seu posicionamento de negação às medidas contra a doença que já matou 4 milhões de pessoas no mundo e 129 mil no Reino Unido, o músico diz que seus colegas se afastaram dele: “Tentei entrar em contato com colegas músicos. Não ouço mais falar deles. Meu telefone não toca muito. Não recebo mais tantos textos nem e-mails. É bem notório”.
Dessa forma, o cantor pensa em morar em outro lugar: “Pensei seriamente em sair da Inglaterra com minha família. Viver em outro lugar. Começar em outro lugar”.