Em janeiro, o setor agrícola brasileiro viu uma expansão significativa em várias regiões, conforme aponta um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM). De um total de 4.690 cidades analisadas, 2.395 mostraram um crescimento no mercado de trabalho ligado ao agronegócio, enquanto 1.992 registraram uma queda.
No topo da lista de cidades com maior crescimento, destacam-se três municípios do Rio Grande do Sul: Vacaria lidera com um acréscimo impressionante de 4.741 postos de trabalho, graças ao boom no cultivo de maçã. Santa Cruz do Sul vem em seguida, com 1.229 novas vagas impulsionadas pelo processamento de fumo, e Bom Jesus, que também viu um aumento notável de 1.179 vagas pelo cultivo de maçã.
Outras cidades que se destacaram na expansão do agronegócio incluem Petrolina (PE), Venâncio Aires (RS), Franca (SP), Fraiburgo (SC), e a metrópole de São Paulo (SP), mostrando a diversidade geográfica do crescimento.
Curiosamente, as pequenas cidades foram as grandes protagonistas desse crescimento, sendo responsáveis por 55% do saldo positivo de empregos, o que representa mais de 21 mil vagas. Em contrapartida, as grandes cidades contribuíram com apenas 5% desse saldo mensal.
A região Sul se destacou especialmente, com um incremento de 13,3 mil vagas, impulsionadas principalmente pelas culturas de maçã, uva e fumo. No Centro-Oeste, a soja e a pecuária bovina fizeram sua parte, adicionando 10,6 mil vagas. Por outro lado, o Nordeste enfrentou uma redução de 3 mil postos de trabalho, principalmente por desligamentos na indústria açucareira.
Entre os principais setores que impulsionaram o emprego em janeiro, o cultivo de soja se sobressaiu com um acréscimo de 8.662 empregos em 1.146 municípios. O cultivo de maçã também teve uma performance excelente, com 7.629 novas vagas em 35 cidades. Já o processamento de fumo adicionou 2.704 vagas em 16 municípios.
Em resumo, janeiro de 2024 foi um mês de boas notícias para o setor agrícola, com a abertura de mais de 39 mil postos de trabalho, evidenciando um saldo positivo de 39.324 vagas, graças ao equilíbrio de 239.014 admissões frente a 199.690 desligamentos. Este movimento demonstra a vitalidade e a importância do agronegócio no contexto econômico e social do país.