Na reta final de março, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou uma modesta elevação de 0,1%, conforme divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Esse índice, que tem o propósito de captar a evolução dos custos de vida para famílias com rendimentos entre um e trinta e três salários mínimos, acumulou um aumento de 2,93% ao longo do último ano.
Interessante notar, conforme apontado pela FGV, que dentre as oito categorias que integram o índice, seis observaram uma redução nas suas taxas de variação. O setor de Transportes se destacou por influenciar significativamente esse cenário, com a sua taxa de variação ajustando-se de 0,5% na penúltima semana do mês para 0,21% na última semana. A gasolina, por exemplo, teve sua variação de preço suavizada de 1,23% para 0,35% entre os dois períodos.
Além disso, os segmentos de Educação, Leitura e Recreação (de -2% para -2,22%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,44% para 0,32%), Alimentação (de 0,67% para 0,56%), Comunicação (de -0,08% para -0,31%) e Vestuário (de 0,07% para -0,03%) também registraram diminuição em suas variações.
Uma análise mais detalhada revela que certos produtos e serviços tiveram quedas ainda mais expressivas. Por exemplo, o preço das passagens aéreas despencou de uma redução de 10,9% para 12,03%. Itens como artigos de higiene pessoal, frutas, pacotes de telefonia, internet e TV por assinatura e serviços de costura também mostraram desaceleração em seus preços.
Por outro lado, observou-se um leve aumento nas categorias de Habitação (de 0,47% para 0,53%) e Despesas Diversas (de 0,41% para 0,42%). Especial atenção foi dada à elevação nos preços da tarifa de eletricidade residencial e do conserto de bicicletas, que passaram de -0,37% para 0,35% e de 0,1% para 0,49%, respectivamente.
Portanto, esse panorama sugere um momento de transição e ajustes no custo de vida das famílias brasileiras, refletindo diretamente nas decisões de consumo e no planejamento financeiro.