“Farinha pouca, meu pirão primeiro”. Esse é um ditado popular que reforça a ideia de que o Brasil é um país dominado pela “Lei de Gerson”. Em meio a pandemia da Covid-19 que contabiliza mais de 1.500 mortes por dia, e a união entre prefeitos e governadores para adquirir vacinas para seus municípios e estados, surge a confissão do Secretário de Saúde de Minas Gerais de ter furado a fila da vacinação.
Carlos Eduardo Amaral não faz parte do grupo prioritário para imunização, ainda assim tomou a vacina, além de ter garantido que 500 servidores que trabalhavam na sua secretaria também fossem imunizados mesmo estando fora dos critérios de prioridade para serem vacinados nesse momento. Isso, depois de publicar em suas redes sociais que o governo de Minas Gerais tinha criado a “onda roxa” que decretava o fechamento em duas regiões do estado diante da gravidade da situação na localidade.
O agora, ex-Secretário, alega ter agido assim para dar exemplo para a população. Desculpa dada também por outras autoridades de outros estados do Brasil: Os prefeitos Júnior de Amynthas, em Sergipe, Humberto Souto, em Minas Gerais, Abimael Lacerda, na Paraíba Reginaldo Prado, na Bahia. Secretários de Saúde de Goiás e Pernambuco também passaram na frente de pessoas que de fato tinham direito à prioridade e foram vacinados.
A corrupção no processo de imunização foi registrada ainda em Manaus, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Amapá, Distrito Federal e Pará.