OMS pede paralisação do futebol até fim de 2021 na Europa

Diante de um estudo sobre os riscos de novas ondas epidemiológicas do coronavírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS) sugeriu à UEFA (entidade que organiza o futebol europeu) que a suspensão do esporte na Europa se estenda até 2021. O estudo foi apresentado por dois epidemiologistas, numa teleconferência entre representantes das entidades na última sexta-feira. A revista Placar conversou com um ouvinte da reunião.

A partir da explanação, a reunião se estendeu por uma hora além do previsto, em discussões ríspidas. Como sobreviver por tanto tempo sem atividade? E numa possível volta com portões fechados, como garantir que jogadores, delegações e membros da imprensa não se contaminem? Quanto tempo um jogador de alto rendimento infectado levaria para se recuperar? Isso sem falar no imenso prejuízo de arrecadação com a bilheteria zerada nos estádios.

Indenizações e colapso

Se o futebol voltar com portões abertos, além do risco para a saúde pública, o financeiro também continuaria altíssimo.  Indenizações pagas pelos clubes a pessoas comprovadamente contaminadas num jogo poderiam levar os clubes à falência.  

O certo é que a paralisação sugerida pela OMS até o final de 2021 acarretaria o rompimento de contratos de TV e patrocínio, algumas das principais fontes de receita dos europeus. Um colapso da industria seria inevitável.

A consultoria KPMG estimou em R$ 22 bilhões o prejuízo somente das cinco maiores ligas nacionais da Europa caso as competições da temporada vigente não cheguem ao final.

Nenhuma decisão foi anunciada após o encontro virtual entre OMS e Uefa. No último domingo, o continente ultrapassou as 10 mil mortes por coronavírus. Mais de um milhão de pessoas já foram contaminadas.

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