Há 40 anos o Brasil perdia Glauber Rocha. No entanto, mesmo ao “deixar este mundo”, o cineasta baiano já havia deixado sua marca no cinema mundial pelas críticas sociais em seus filmes.
Para relembrar sua carreira e homenagear o artista, seus filhos Eryk e Paloma Rocha estiveram no programa Conversa com Bial nesta quinta-feira (19).
Durante a entrevista, os herdeiros contaram sobre a perseguição que o pai sofreu na época da ditadura e o exílio em Portugal.
Ainda sobre o tema, Paloma Rocha falou da acusação por parte de artistas de que Glauber teria se vendido ao regime. Isso se deu quando, três anos após o retorno do exílio, ele fez elogios ao general Golbery do Couto e Silva, então secretário da Casa Civil, além de apertar a mão de João Figueiredo.
Como consequência, o cineasta “viveu acuado” porque “o tão unido Cinema Novo fica todo contra ele, dizendo que ele se vendeu à ditadura”, disse.
Entre as obras de Glauber Rocha mais celebradas estão “Terra em transe”, “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro” e “Deus e o Diabo na Terra do Sol”.
Glauber de Andrade Rocha nasceu em 14 de março de 1939 em Vitória da Conquista e morreu em 22 de agosto de 1981 aos 42 anos no Rio de Janeiro.