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Salvador é a capital e maior cidade da Bahia. Foi também a primeira capital do Brasil, entre 1549 e 1763. Foi substituída, consequentemente, pelo Rio de Janeiro. Como resultado de ter sido a principal receptora de escravos das Américas, é a cidade com o maior percentual de negros fora da África – mais de 80%.
A influência africana, acima de tudo, define a cidade. Sua culinária, a religião, danças, cores, esportes, ritmos, tradições, em suma, sua gente, conhecida como soteropolitanos. A maioria absoluta da população tem orgulho de suas origens, enquanto trava luta diária contra o racismo.
Como resultado de tanta africanidade, Salvador possuiu uma diversidade étnica e cultural únicas. Os sons de origem africana dos timbales e atabaques são muito populares. Muito por causa dessa herança, Salvador é o berço do samba brasileiro.
Não foi a única invenção nas artes. Foi na cidade que Dodô e Osmar criaram o trio elétrico e iniciaram a indústria do carnaval de rua da cidade, certamente, o maior do planeta.
Salvador também é mãe de poetas, compositores, artistas e cineastas do porte de Gregório de Matos, Gilberto Gil, Raul Seixas, entre outros e outras. Foi em Salvador que a primeira santa nascida no Brasil, irmã Dulce, imortalizou sua obra de caridade.
Salvador é movida pelo comércio, turismo, indústria e serviços, que fazem da capital uma das mais ativas economicamente do Brasil.
A cidade caminha para atingir 3 milhões de habitantes. Em contraste com as belezas raríssimas, como, por exemplo, o Farol da Barra, Pelourinho, Elevador Lacerda e a praia de Itapuã, dessa gente festeira, raçuda e bonita, Salvador carrega uma graves máculas.
É digno de nota que na cidade, infelizmente, as famílias mais ricas têm renda 61 vezes superior do que aquelas de famílias mais pobres. Os dados são do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE), divulgados em 2018.