A Polícia Civil do Ceará investiga a Loja Zara de um shopping cearense por acusação de racismo.
No dia 14 de setembro, a delegada Ana Paula Barroso, que é negra foi impedida de entrar no estabelecimento conforme registro do circuito interno de segurança.
Segundo a delegada Janaina Siebra, responsável pelo caso, duas ex-funcionárias da Loja denunciaram a existência de um código sonoro para alertar sobre a entrada de pessoas fora do padrão da grife à loja.
Ao suspeitar de que se tratava de gente não bem-vinda, dizia-se “Zara Zerou”. A partir daí, aquela pessoa não era mais tratada como cliente e sim como suspeita.
Siebra conta que a loja foi resistente ao ceder o material, então foi necessário um pedido de busca e apreensão. Após análise, foi constatada a diferença de tratamento entres as pessoas, o racismo.
Sobre a discriminação à delegada Ana Paula Barroso, o assessor jurídico da Associação dos Delegados de Polícia do Ceará, Leandro Vasques, diz que aguarda a manifestação do Ministério Público.
Vasques afirma ainda que cabe uma ação por danos morais.
Em nota, a Zara afirma colaborar com a investigação e garantiu que entre os seus 1,8 mil funcionários existem pessoas de diversas raças e etnias, identidades de gênero, orientação sexual, religião e cultura.