A médica cardiologista e supervisora cardio-oncologista do Hospital das Clínicas e professora da Universidade de São Paulo, Ludhmila Abrahão Hajjar não aceitou o convite para o cargo de Ministra da Saúde. A profissional foi convidada assumir a pasta durante a reunião com Eduardo Pazuello, Arthur Lira e o presidente, neste domingo (14/03).
O presidente da Câmara afirmou que competência técnica e capacidade de diálogo político são qualidades necessárias para o cargo, e que Ludhimila possui ambas. No entanto, o convite não foi aceito. Durante entrevista a uma emissora de TV, Ludhimila disse que o motivo de ter negado o cargo é que “não houve convergência técnica entre eles”. O governo não se encaixa no seu perfil.
Desde que seu nome foi apontado como possível substituta de Pazuello, a cardiologista virou alvo dos bolsonaristas, sendo atacada com mensagens na internet por sua postura em relação ao combate à Covid-19. A médica defende o isolamento social e o uso da máscara como formas de prevenir o contágio do novo coronavírus. O que, sabemos, é totalmente contrário ao que o presidente pensa, como age e desestimula. Daí o ataque virtual à convidada.
Após a negativa, o governo segue com à procura do próximo Ministro da Saúde. O nome mais forte da lista no momento Marcelo Quiroga, médico e presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, também defensor do isolamento social.