8 de março: Dia Internacional da Mulher

8 de março: Dia Internacional da Mulher
Organizações e entidades trabalham por uma rede de proteção à mulher Foto: @awpixel/Freepik

Não existe um senso demográfico atual que determine a quantidade de mulheres no mundo. No entanto, a estimativa da população mundial indicou 7,8 bilhões de habitantes em 2021, de acordo com dados do portal WorldO’meter.

No Brasil, segundo dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) 2019, as mulheres são maioria e compõem 51,8% da população.

Fato é que no mundo inteiro as mulheres sofrem todo tipo de violência. Daí a necessidade de se criar uma rede de proteção física e de garantia de direitos femininos.

Assim, a Organização das Nações Unidas (ONU) oficializou o dia 8 de março como o Dia internacional da Mulher para simbolizar a luta pelos direitos equiparados ao dos homens.

Isso porque, mesmo sendo maioria, as mulheres recebem salários menores que eles ainda que exerçam a mesma função. Além disso, o machismo e a violência contra a mulher fazem milhares de vítimas todos os dias.

A América Latina possui as maiores taxas de feminicídio a cada 100.000 mulheres em 2020. No Brasil, neste mesmo ano, 1.738 mortes femininas foram registradas no país, conforme dados da CEPALSTAT – Comisión Económica para América Latina y el Caribe de las Naciones Unidas.

Origem do Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher existe, enquanto data comemorativa, como resultado da luta das mulheres por meio de manifestações, greves, comitês etc. Essa mobilização política, ao longo do século XX, deu importância para o 8 de março como um momento de reflexão e de luta. A construção dessa data está relacionada a uma sucessão de acontecimentos.

Uma primeira história que ficou muito conhecida como fundadora desse dia narra que, em 8 de março de 1857, 129 operárias morreram carbonizadas em um incêndio ocorrido nas instalações de uma fábrica têxtil na cidade de Nova York. Supostamente, esse incêndio teria sido intencional, causado pelo proprietário da fábrica, como forma de repressão extrema às greves e levantes das operárias, por isso teria trancado suas funcionárias na fábrica e ateado fogo nelas. Essa história, contudo, é falsa e, por isso, o 8 de março não está ligado a ela.

Existe, no entanto, outra história que remonta a um incêndio que de fato aconteceu em Nova York, no dia 25 de março de 1911. Esse incêndio aconteceu na Triangle Shirtwaist Company e vitimou 146 pessoas, 125 mulheres e 21 homens, sendo a maioria dos mortos judeus. Essa história é considerada um dos marcos para o estabelecimento do Dia das Mulheres.

As causas desse incêndio foram as péssimas instalações elétricas associadas à composição do solo e das repartições da fábrica e, também, à grande quantidade de tecido presente no recinto, o que serviu de combustível para o fogo. Além disso, alguns proprietários de fábricas da época, incluindo o da Triangle, trancavam seus funcionários na fábrica durante o expediente como forma de conter motins e greves. No momento em que a Triangle pegou fogo, as portas estavam trancadas.

Fonte: Brasil Escola

Violência contra as mulheres

Segundo um levantamento do c (FBSP) publicado nesta segunda-feira (7), o Brasil registrou um estupro a cada 10 minutos e um feminicídio a cada 7 horas.

O Fórum mostra ainda que houve um aumento nos crimes contra meninas e mulheres durante a pandemia da Covid-19. Entre março de 2020 — quando o vírus chegou no Brasil — e dezembro de 2021 – último mês com dados disponíveis —, foram registrados 2.451 feminicídios e 10.398 casos de estupros.

Em agosto de 2006, a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) foi sancionada no país. Sua existência obriga o Estado brasileiro a oferecer proteção policial, judicial, material e psicológica a mulheres vítimas de violência doméstica.

Diversas organizações e entidades trabalham diariamente para tecer e fortalecer uma rede de denúncia contra agressores de mulheres, além de apoiar as vítimas.

Veja aqui como denunciar:

Ligue 190 – PM

Em caso de emergência, a mulher ou alguém que esteja presenciando alguma situação de violência, pode pedir ajuda por meio do telefone 190. Uma viatura da Polícia Militar é enviada imediatamente até o local para o atendimento. Disponível 24h por dia, todos os dias. Ligação gratuita.

Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher

A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 é um canal criado pela Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, que presta uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento. A denúncia pode ser feita de forma anônima Disponível 24h por dia, todos os dias. Ligação gratuita.

Delegacia Especial de Atendimento à Mulher – DEAM

Diante de qualquer situação que configure violência doméstica, a mulher deve registrar a ocorrência em uma delegacia de polícia, preferencialmente nas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher – DEAM, que funciona 24 horas por dia, todos os dias.

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