Pesquisa Revela: Mais da Metade das Mulheres Sexualmente Ativas no Brasil Afetadas pelo HPV

Mais da metade das mulheres ativas no Brasil enfrentam o HPV. Descubra como se proteger com nosso guia completo sobre riscos e prevenção.

Mulher sentada no sofá enrolada em um cobertor branco, assoando o nariz com um lenço de papel, com uma caneca, óculos e medicamentos ao seu lado, indicando um dia de descanso por motivo de saúde.
Encontrando conforto nos pequenos rituais de autocuidado.

Uma recente investigação, patrocinada pelo Ministério da Saúde e executada pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), trouxe à tona que a incidência do HPV na área genital é preocupantemente alta no Brasil: atingindo 54,4% das mulheres e 41,6% dos homens que já iniciaram suas vidas sexuais. Destaca-se que estes dados focam na variação do vírus considerada de alto risco.

Denise Yanasse, especialista em ginecologia, esclarece que o HPV não só lidera o ranking de infecções sexualmente transmissíveis globalmente, mas também é um dos principais vilões por trás do câncer de colo de útero em mulheres. Além disso, o vírus tem ligação com outros tipos de câncer e com o surgimento de verrugas genitais tanto em homens quanto em mulheres. A prevenção mais efetiva, segundo Yanasse, é a vacinação, capaz de reduzir entre 70% e 90% os riscos de câncer de colo de útero.

Em 2023, o Brasil registrou um recorde na vacinação contra o HPV, com mais de 6,1 milhões de doses aplicadas, superando o marco anterior de 2018. Tal avanço sinaliza uma crescente adesão à imunização, algo crucial para a estratégia do Ministério da Saúde de erradicar o câncer de colo de útero como um problema de saúde pública no país. Agora, o esquema vacinal conta com uma dose única, otimizando os recursos e potencializando a cobertura vacinal.

O foco da campanha de vacinação são jovens de 9 a 14 anos, além de pessoas entre 15 e 45 anos que se enquadram em situações específicas, como serem imunocompetentes ou terem sido vítimas de violência sexual. O Ministério da Saúde incentiva ações de busca ativa por parte dos estados e municípios para assegurar que jovens até 19 anos estejam adequadamente imunizados, permitindo, em casos não previamente cobertos, a aplicação do esquema em dose única.

Quanto aos sintomas, eles podem surgir em um intervalo de 2 a 8 meses após o contato com o vírus, podendo, em situações extremas, demorar até 20 anos para se manifestarem, sendo mais recorrentes em gestantes e indivíduos com imunidade baixa. O diagnóstico do HPV se dá por exames específicos, adaptados conforme a natureza da lesão.

Gabriela Vilhena, de 29 anos e residente em São Paulo, compartilha sua experiência ao ser diagnosticada com HPV em 2017, destacando a falta de informação e o impacto emocional diante do diagnóstico inicialmente associado ao câncer de colo de útero. Essa vivência ressalta a importância de ampliar a conscientização e o acesso à informação sobre o HPV, seus riscos e as medidas preventivas disponíveis.

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